quarta-feira, 23 de junho de 2010

Conta corrente tem menor perda do ano, mas faz o pior maio desde 2001


Surpreendido por antecipação de Investimentos externos e melhora na balança comercial, o Banco Central (BC) apurou que o país teve em maio um Déficit em conta corrente de US$ 2,02 bilhões. É o pior resultado para meses de maio desde 2001 (déficit de US$ 2,18 bilhões), mas inferior aos US$ 2,7 bilhões negativos esperados pelo BC.
Para junho, as Transações Correntes devem ser deficitárias em US$ 2,8 bilhões, de acordo com Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC.
Ele explicou que uma antecipação de Investimento direto no setor químico, prevista para junho, contribuiu para que maio registrasse ingresso recorde para o mês em US$ 3,534 bilhões. A projeção era de US$ 1,6 bilhão.
No ano, esses Investimentos produtivos somam US$ 11,4 bilhões. Por conta da crise na Zona do Euro, o BC reduziu sua projeção inicial de US$ 45 bilhões para US$ 38 bilhões para o Investimento estrangeiro direto. Mas tem indicações que apontam fortes ingressos no segundo semestre.
Lopes destacou que a melhora no saldo comercial também contribuiu para que maio registrasse o menor Déficit em conta corrente no ano. As transações de comércio exterior ficaram em US$ 3,44 bilhões, o triplo do registrado em abril.
Outro dado positivo foi a taxa de rolagem de dívidas privadas em maio, que subiu a 664%. O técnico do BC destaca que este é um ponto importante, pois as companhias brasileiras estão conseguindo refinanciar bem seus débitos e ainda tomar novos empréstimos. A taxa de rolagem acumulada entre janeiro e maio ficou em 261%. Em junho, até dia 22 estava em 202%.
Do lado das pressões, as remessas de lucro e dividendos foram no valor de US$ 2,88 bilhões, patamar semelhante ao de maio de 2009 (US$ 2,559 bilhões). De janeiro a maio somaram US$ 10,8 bilhões, enquanto neste mês até o dia 22 saíram US$ 1,724 bilhão.
Fonte: Valor Econômico

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